"Quero fazer da minha existencia lesbica feminista a produção crítica de mim mesma e do mundo!"

(frase criada por várias lésbicas feminista do Brasil- Marylucia Mesquita, Luanna Marley, Kaká Kolinsk...)

terça-feira, 30 de junho de 2009

+ algumas fotos...

Luanna e Dani

Casal + que bonito... Elitânia e Tainã!

Ellen e Regina (GAPA)

Temos ORGULHO de ser LAMCE


Ellen Tão bonita! mesmo com a perna doendo foi pra parada!


Novas Bruxinhas

Apresentação do Documentário sobre homofobia nas escolas feito pela Fábrica de Imagens...


Seminário do GRAB
(Apresentando a programação da nossa Parada e fazendo crítica ao processo)


Alessandra (eu)

E você tem + fotos? mande pra gente pô! rssss

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A gente saiu no zona mix :)

Click no link

A parada já passou, a parada já passou!


Esse ano, pela primeira vez em 10 anos, eles não abriram a parada!

Pq a comissão de frente, ficou atrás da gente!


ficou atrás da gente, ficou atrás da gente!



E depois de tantas e mais tantas reuniões, dores de cabeça, oficinas, intervenções e realmente muita, muita briga contra o patriarcado cor de rosa, nesse exato momento em que a X parada definitivamente chegou ao fim, o que nos resta é celebrar a rede de solidariedade de lésbicas e bissexuais de Fortaleza!
E Tu é sapatão? Então manda + fotos pra gente! (lamcegrupo@hotmail.com)

domingo, 28 de junho de 2009

Funk da solução




E para quem está acompanhando nossas mobilizações para a X Parada e ainda nãos sabe cantar o funk da solução, (mas morrre de vontade de aprender) aí vai a letra que está abalando as estruturas do patriarcado Cearense!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Funk da soluçao (edição especial para a X Parada)


Então acaba, acaba acaba com a moral

então destrói, destrói, destrói a família


dercy beijo cuidado, dercy beijo cuidado

dercy beijo me liga, dercy beijo me liga.


A X Parada é da Diversidade

E não de uma Ong especifica da cidade

De uma ong da cidade

De uma ong da cidade


Nós há muito tempo lutamos contra o machismo

Mas no movimento a olho nu pode ser visto

Eu não quero ser invisível e resisto ao machismo

Eu não quero ser invisível e resisto ao machismo


Lésbicas e bi, querem visibilidade

Na letra deste funk

Afirmar identidade

Pela visibilidade reafirmar identidade

Pela visibilidade reafirmar identidade


se cristo, se cristo, se cristo é bom é terno

se cristo, se cristo, se cristo é bom é terno

porque criou o inferno? Porque criou o inferno?

porque criou o inferno? Porque criou o inferno?


se o corpo, se o corpo, se o corpo é da mulher

se o corpo, se o corpo, se o corpo é da mulher

ela dá pra quem quiser, ela dá pra quem quiser

ela dá pra quem quiser, ela dá pra quem quiser


a violência que existe, ainda mais a sexual,

Não é uma escolha nem comum e nem normal

a violência sexual não é comum nem é normal

a violência sexual não é comum nem é normal


O aborto, o aborto, o aborto é ilegal

O aborto, o aborto, o aborto é ilegal

a culpa é o vaticano, a culpa é o vaticano

a culpa é o vaticano, a culpa é o vaticano


se a raça, se a raça não é uma preocupação

façamos, façamos o governo das negona

o governo das negonas, o governo das negonas

o governo das negonas, o governo das negonas


no mundo, no mundo a miséria é geral

no mundo, no mundo a miséria é geral

destrói o capital, destrói o capital,

destrói o capital, destrói o capital,


se o mundo, se o mundo fosse cheio de sapatão

se o mundo, se o mundo fosse cheio de sapatão

seria revolução, revolução das sapatão

seria revolução, revolução das sapatão


Lésbicas e bi, querem visibilidade

Na letra deste funk

Afirmar identidade

Pela visibilidade reafirmar identidade

Pela visibilidade reafirmar identidade


Mulheres se organizam aqui em verso e prosa

Na luta por direitos contra o machismo cor de rosa

Patriarcado cor de rosa, Patriarcado cor de rosa

Patriarcado cor de rosa, Patriarcado cor de rosa


Na letra deste funk muita rima ainda existe

Mas não canto agora, o momento não permite!

o momento não permite

o momento não permite

quarta-feira, 24 de junho de 2009

E o trio do LAMCE?

Olá, mulheres que acompanham nosso Blog!
Tem muita gente perguntando.. "Como faço pra conseguir uma credencial pro trio do LAMCE?".

Desde que o LAMCE surgiu, todo ano, para nós, era um orgulho ver o nosso trio, ou o trio das lésbicas, na Av. Beira-mar, no dia da Parada.

O Trio, para nós sempre foi sinonimo de VISIBILIDADE, coisa que nos foi negada, pelo histórico processo de invisibilidade da mulher lésbica e bissexual, trazido junto com o patriarcado para nossa sociedade.

O mundo é gay? talvez, mas só dos gays mesmo. Para exemplificar, a madrinha da parada esse ano, é Vânia Dutra, ex presidente da associação das primeiras damas! Nós definitivamente, não achamos legal, homenagear uma pessoa só por que ela é mulher de um prefeito, governador ou presidente. Nós Queremos visibilidade para as mulheres, sem os homens. Não acreditamos que uma mulher deva sempre estar vinculada a uma imagem masculina. Mulheres são capazes sem os homens! Somos seres humanos completos, com capacidade intelectual plena, não queremos reforçar a ideia patriarcal heterossexista, e parece que é exatamento isso que está sendo reforçado, ao homenagear uma primeira dama. Não sabemos o que realmente fez Vânia Dutra merecer o título de madrinha da parada. Nós tentamos dialogar com o movimento que a elegeu madrinha. mas não houve diálogo. Queríamos pela primeira vez uma mulher lésbica como madrinha da parada. e não fomos sequer levada em consideração.

Outro exemplo, é o tema da Parada esse ano.....

40 anos de stonewall, 30 anos de movimento homossexual brasileiro, 20 anos de GRAB e 10 anos de Parada. E a luta do movimento continua.....

Nós mulheres lésbicas e bissexuais, não nos vemos, não nos enxergamos nesse tema. Várias conquistas do movimento lésbico deveriam estar enlencadas, já que estamos falando de movimento LGBT, e não só as conquistas dos Gays, ou melhor, conquistas que foram de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais e que aparecem na história como sendo conquista de gays! . esse ano é ano de SENALE, é ano histórico para as lésbicas. a palavra homossexual, não nos contempla, quando a gente fala em homossexual, a gente lembra dos gays, não lembra das mulheres.

Isso tudo e mais um monte de coisas nos mostra que o processo de invisibilidade patriarcal, se dá até mesmo nas construções do movimento que deveria se chamar LGBT, mas que na realidade é GLBT.

Por isso, o primeiro trio de lésbicas, a 4 anos atrás nos fez comemorar uma vitória contra a invisibilidade patriarcal!

Mas esse ano, nós fizemos uma analise crítica de nossa participação na parada.

Não só o LAMCE, mas o grupo DIVAS, o Coletivo de Jovens Feministas do Ceará, o Fórum Cearense de mulheres, a Marcha Mundial de Mulheres e outros movimentos e ainda, várias mulheres independentes.

E nós, resolvemos que esse ano NÃO VAI TER TRIO DE LÉSBICAS. pq?

- Um trio custa no mínimo 10.000,00 e acreditamo q que essa grana, se fosse investida em formação política, e em visibilidade participativa (não só pra quem tá em cima do trio) seria muito + útil.

-O trio não é um lugar seguro. o ano retrasado, uma garota que estava em cima do trio do LAMCE, esbarrou em um fio elétrico e caiu e teve o braço quebrado, tendo que ir pro IJF no meio da parada...
-Quem sobe no trio não é nem 0,1% da parada. quem não sobe, fica lá em baixo querendo subir, e não dá! o trio só cabe cerca de 25 pessoas! e quem sobe é só o movimento. não queremos distanciamento das mulheres, nós somos movimento, mas na verdade todo mundo deveria ser! não queremos ter o privilégio de subir no trio e outras mulheres não!

-São muitos trios na parada! acaba parecendo que a parada é uma espécie de Fortal, cada trio, uma banda e a galera dançando. Nós não concordamos com esse modelo de parada. queremos uma parada, onde possamos reivindicar nossos direitos. queremos visibilidade política e não visibilidade turística!

Por essas e outras, vamos nos concentrar (Todas as mulheres lésbicas e bissexuais e todas + que se sentirem convidadas) na frente do trio oficial. Com uma batucada de + de 40 batuqueiros, faixas e cartazes para fazer a nossa parada + política e não turística....

E fizemos outro tema, para nossa parada!


Para que isso aconteça de maneira que nossa participação não fique invisível, no meio da multidão da parada, vamos no sábado dia 27 uma oficina de cartazes, faixas, pirulitos e standards. temos vários materiais: tecidos, tnt, tinta, lantejoulas, fitas, canetas, cola colorida, pra todas as mulheres fazerem sua própria bandeira e levar para a Av. Beira-mar no dia da parada, para suas reivindicações.


Contamos com a presença de todas vocês, não só na na nossa caminhada na Parada, mas também na oficina de preparação!



JUNTAS SEREMOS + FORTES E MUITO + VISÍVEIS.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A Parada tá chegando!!!!!!!!!! (clique na imagem para ampliar)


A parada está aí...Domingo que vem!
E as mulheres lésbicas e bissexuais se organizaram e estão arrazando na visibilidade!
Sábado passado, foi nossa primeira ação contra o patriarcado e a invisibilidade lésbica, com uma ação políica na Ponte Metálica - Ponto turístico de Fortaleza que está sendo palco de lesbofobias e resistência da galera LGBT de Fortaleza.
Sexta feira uma intervenção política e artística vai ser realizada na Praça da Gêntilandia, com uma tribuna livre pra todo mundo dizer o que pensa sobre lésbianidade, bissexualidade, patriarcado, homofobia, feminismo e diversidade sexual.
E sábado vai rolar uma super oficina no teatro da praia, com diversos materiais pra costumização de camisetas, confeção de cartazes, faixas, standarts no Teatro da Praia (Rua José Avelino, 662 praia de iracema)
E domingo, no GRANDE DIA, vamos estar todas na frente do trio oficial, com uma bandeira enorme do arco-irís e muitas surpresas!
Compareçam na oficina, construam a visibilidade das mulheres lésbicas e bissexuais na
X Parada pela Diversidade Sexual do Ceará....




quarta-feira, 17 de junho de 2009

Resistindo ao patriarcado e a invisibilidade

Aguardem....

Essa é para os meninos


Por que um homem amar outro homem é ....

QUEBRAR PADRÃO SOCIAL HETEROSSEXISTA



DESCONSTRUINDO OLHARES: POR UMA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL PELA EQUIDADE E DIVERSIDADE.




IV MOSTRA DE VÍDEOS DA FABRICA DE IMAGENS:
DESCONSTRUINDO OLHARES: POR UMA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL PELA EQUIDADE E DIVERSIDADE.


LOCAL:
Centro Cultural Oboé
Rua Maria Tomásia 531, Aldeota
Quinta-feira, 18 de junho de 2009

HORÁRIO:
13h30

PROGRAMAÇÃO:


13h30min MESA DE ABERTURA


  • Marcos Rocha – Presidente da ONG Fábrica de Imagens
  • Sérgio Araújo de Sousa – Departamento de Sustentabilidade e Meio-ambiente da Coelce
  • Tibico Brasil – Assessor do Ambiente de Comunicação Social do BNB
  • Francisco J. Gómez Durán – Assessor Cultural da Embaixada da Espanha no Brasil / AECID


14h EXIBIÇÃO DOS VÍDEOS PRODUZIDOS PELOS JOVENS DO NÚCLEO DE REALIZAÇÃO AUDIOVISUAL E DO PROJETO OUTROS OLHARES DA FÁBRICA DE IMAGENS.


15h30minRODA DE CONVERSA SOBRE A TEMÁTICA DESCONSTRUINDO OLHARES: POR UMA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL PELA EQUIDADE E DIVERSIDADE.


  • Rejane Reinaldo – Coordenadora de Gestão da Secult/Ce.
  • Ana Cláudia Peres – Assessora de Comunicação Popular da Coordenadoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Fortaleza
  • Adriano Caetano – Educador do Grupo de Resistência Asa Branca (GRAB)
  • Cintya Rafaella e Rodrigo Paulino – Jovens Realizadores dos Vídeos do Projeto Outros Olhares.


16h30minCoffee-Break

terça-feira, 16 de junho de 2009

Juventude Terrazul inicia campanha sobre Mudanças Climáticas


Juventude Terrazul inicia campanha sobre Mudanças Climáticas

Para dar início a campanha sobre as Mudanças Climáticas no Ceará, a Juventude Alternativa Terrazul inicia hoje, dia 15 de junho, até o dia 30 de junho as inscrições para o 2° ano da Escola de Formação da Juventude. Este ano a Escola terá formações políticas sobre Mudanças Climáticas e Soberania Alimentar. A proposta é que as juventudes possam conhecer equalificar o debate sobre os temas relacionados ao clima, entendendo não só os fenômenos ambientais, mas também os acordos político-econô micos que estão sendo construídos internacionalmente e que afetarão a vida de todos e todas.

As negociações sobre as questões climáticas já começaram e deverão ser acordadas durante a 15° edição da Conferência das Partes (COP 15) das Organizações das Nações Unidas (ONU), substituindo o Tratado de Kyoto e a Convenção-Quatro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Segundo o estudo publicado em 2008 pela ONG britânicaInternational Institute for Environmental and Development (IEED), jovens e crianças serão os mais afetados pelas mudanças no clima, já que estarão mais vulneráveis a riscos como o aumento no número de doença, aumento no preço dos alimentos, aumento de epidemias entre outras.

Organizado pela Juventude Alternativa Terrazul, em parceria com o Instituto Florestan Fernandes, FADOC- Brasil (Fundo de Apoio para a Dinamização das Organizações Comunitárias de Base) e a Solidarité Socialiste (Solsoc), a Escola de Formação da Juventude terá duração de 8 meses ( julho de 2009 a fevereiro de 2010). Durante o período, os jovens participarão de cinco seminários temáticos que irão ocorrer aos sábados e domingos: Mudanças Climáticas (introdução), Água, Terra, Ar e Fogo (fontes energéticas). Em seguida, ocorrem as oficinas de educomunicação (fanzine, rádio, teatro, vídeo e publicidade) .

Poderão participar das formações, jovens de 14 a 29 anos. Serão aceitas inscrições individuais e de organizações de juventude (centros acadêmicos, associações comunitárias, coletivo jovem de meio, etc). Ao todo, serão selecionados 50 (cinquenta) jovens. O texto completo da Chamada Pública está disponível no Blog Vozes de Gaia (www.juventudeterrazul.blogspot.com).

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail juventudeterrazul@ gmail.com ou ainda pelo telefone (85) 32810246.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dia das namoradas

O dia das namoradas já passou, mas olhem que massa os cartões que o Estruturação - Grupo LGBT de Brasília preparou para esse dia das namoradas...
Quem quiser é só salvar e sair mandando por aí...














Seminário virtual para jovens feministas,

Seminário virtual para jovens feministas, é todo em espanhol, mas todas as meninas se ajudam para entender o que uma e outra falam, ótima oportunidade de formação :)


¿Existe un proyecto feminista para la transformación social?
Jóvenes, diversidades y proyecto feminista.
Encuentros y desencuentros

17 a 26 de junho
La preocupación de la REPEM por facilitar procesos de reflexión y formación que fortalezca la práctica política feminista de mujeres y organizaciones socias se extiende a mujeres jóvenes en la región, para lo cual hemos adelantado la estrategia de Seminarios Virtuales de discusión. Es así como ya se han realizado dos seminarios virtuales en donde se contó con amplia participación de jóvenes de toda la región; el primero: ¿Existe un proyecto feminista para la transformación social? (22 de octubre al 5 de noviembre de 2007) y el segundo: ¿Existe un proyecto feminista para la transformación social? Interculturalidad y Feminismos, (11 al 17 de agosto de 2008).
Siguiendo esta línea de discusión abrimos la convocatoria a participar del III Seminario Virtual para REPEM Jóvenes feministas: ¿Existe un proyecto feminista para la transformación social? Jóvenes, diversidades y proyecto feminista. Encuentros y Desencuentros, a realizarse entre el 17 y 26 de junio de 2009.
Invitamos a jóvenes líderes, mujeres y hombres, interesados/as en el tema a inscribirse para participar en el Seminario, en un rango de 15 a 29 años de edad. Para ello proponemos enviar un correo electrónico (hasta el 15 de junio) a 3svrepemjov@gmail.comInvitamos com con la siguiente información:
- Nombre
- Edad
- Organización a la que pertenece
- Temas de interés
- Datos de contacto
o Mail
o Dirección
o Nos. de teléfono

Existe un proyecto feminista para la transformación social?
óvenes, diversidades y proyecto feminista.
y desencuentros
La mecánica del Seminario se desarrollara a partir de dos ponencias centrales sobre las cuales se espera desencadenar el debate y reflexión en torno al tema, sus implicancias y sus desafíos. A cada ponencia le sigue un espacio de comentarios, ideas y participaciones que enriquezcan el debate para luego ser cerrado con comentarios finales de las ponentes.
Finalmente, se elaborará una sistematización cuyos resultados serán enviados a todas las participantes del mismo, a finales del mes de julio.
Esperamos contar con una participación amplia, puedes circular esta información entre colegas y amigas‐os que consideres que les puede interesar esta discusión.
Las/os esperamos…
Janneth Lozano Ana Falú
Coordinación General REPEM Directora UNIFEM Brasil y Países del Cono Sur
Consultas:
laredva@repem.org.uy
www.repem.org.uy

ONU critica a representação negativa da mulher no Brasil

retirado do Boletim Mensal do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero - Edição nº 1, ano 1

ONU critica a representação negativa da mulher no Brasil

Segundo a organização mundial, a forma como as mulheres são vistas na sociedade contribui para a violência contra elas.

ONU critica a representação negativa da mulher no Brasil

Na semana passada, o Comitê das Nações Unidas de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais lançou uma avaliação sobre o cumprimento de tratados de direitos econômicos, sociais e culturais na Austrália, Brasil, Chipre, Camboja e o Reino Unido. No entanto, a avaliação lançada é apenas inicial. Um documento completo, construído a partir de relatórios periódicos enviados pelos países em questão, está em fase de finalização.

Nessa avaliação inicial, o principal elogio feito ao Brasil foi a adoção da Lei Maria da Penha, em 2006, que prevê a repressão da violência doméstica contra as mulheres, incluindo o auxílio às vítimas. Ainda em relação à população feminina, a ONU elogiou a retirada, do Código Penal, do conceito discriminatório de “mulher honesta”, que era aplicado em determinados casos da violência sexual contra as mulheres e muitas vezes era utilizado para justificar o abuso contra aquelas que eram consideradas “desonestas”. O relatório também ressalta a introdução, em 2003, do Plano Nacional de Qualificação, do Ministério do Trabalho e Emprego, para coordenar políticas públicas de emprego para grupos vulneráveis, incluindo indígenas, afro-brasileiros e mulheres.

O Comitê, no entanto, demonstrou preocupação com relação à representação, na cultura brasileira, das mulheres . Segundo a avaliação, essa representação está presente na cultura nacional de maneira generalizada e não apenas nas mídias. O texto da ONU não traz detalhes, mas sugere que a representação das mulheres como indivíduos inferiores aos homens poderia torná-las mais vulneráveis a todos os tipos de violência.

Além das críticas relacionadas às desigualdades de gênero no país, o relatório também chamou a atenção para a cultura da violência e da impunidade do Brasil, destacando as ameaças sofridas por defensores dos direitos humanos. O comitê também observou o grande número de brasileiros trabalhando em circunstâncias similares à escravidão ou sujeitos a formas desumanas de trabalho, particularmente no desmatamento e na colheita de cana de açúcar. Finalmente, destacou também que o desflorestamento continuado impacta negativamente na garantia dos direitos econômicos, sociais e culturais no Brasil.


Sugestões

Uma das maiores críticas do relatório foi feita às políticas públicas destinadas a conter o avanço do número de "crianças de rua". O comitê sugeriu que o Brasil tome medidas eficazes e apropriadas para assegurar-se de que essas crianças tenham garantidos os seus direitos à educação, ao abrigo e à saúde.

Outra sugestão foi feita no sentido de reforçar a ação de enfrentamento do analfabetismo, em particular em áreas rurais e nas comunidades afro-brasileiras. Além disso, apontou para a necessidade de que o país continue a reforçar seus mecanismos legais e institucionais para o combate àdiscriminação no mercado de trabalho e para facilitar o acesso igual ao emprego para mulheres e para as pessoas que pertencem às minorias raciais, étnicas e nacionais.

Além disso, as medidas de seguridade social (previdência) para as populações em situação de maior vulnerabilidade econômica foram criticadas. Foi sugerido que o país intensifique esforços para regularizar a situação dos trabalhadores da economia informal, permitindo-lhes acesso à proteção social básica.

Para acessar o conteúdo original (em inglês), clique aqui. A próxima sessão do Comitê das Nações Unidas de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais será realizada em novembro e irá avaliar os relatórios enviados pela Coréia do Sul, Polônia, Madagascar, República do Congo e Chade.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Respeito a diversidade humana na OEA



COALIZÃO DE ORGANIZAÇÕES LGBTTTI DE 17 PAÍSES DE AMÉRICA LATINA E DO CARIBE TRABALHANDO NO MARCO DA OEA PRESENTES NA APROVAÇÃO DA SEGUNDA RESOLUÇÃO SOBRE DIREITOS HUMANOS, ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE DE GÊNERO

por Marcelo Ferreyra


A Organização dos Estados Americanos (OEA) reunida em sua 39ª Assembléia Geral em San Pedro Sula- Honduras, no período de 1 a 4 de Junho, aprovou por segunda ocasião, uma resolução sobre direitos humanos, Orientação Sexual e Identidade de Gênero nos países das Américas.

Esta resolução é considerada um sucesso do trabalho de incidência e coordenação realizado durante 3 anos por 24 organizações LGBTTTI de 17 países integradas numa Coalizão de América Latina e Caribe, que se reúne todo ano antes da Assembléia Geral para coordenar seus trabalhos de incidência no marco da OEA.

No diálogo informal que se deu entre o Secretário Geral da OEA e a sociedade civil em San Pedro Sula, José Miguel Insulza, Secretario Geral, destacou a importância de que a secretária realizasse um relatório especial sobre crimes de ódio e situações de violação de direitos humanos às pessoas por sua diversidade sexual.

Posteriormente no marco do diálogo entre os chefes das delegações dos Estados membros e a sociedade civil, Claudia Sosa Medina, mulher transgênero hondurenha, leu uma declaração na que ativistas de Honduras, Chile, Argentina, México, Colômbia, Peru, República Dominicana, Paraguai, Brasil, Equador, Surinam, Guyana, Nicarágua, Jamaica, Trinidad e Tobago, Grenada e Belice, solicitaram aos chanceleres dos países integrantes da OEA, intervir ante atos de violência contra as pessoas lesbianas, gays, bissexuais, trans e intersex da região.

A Coalizão manifestou sua preocupação pela omissão do conceito de identidade e Expressão de Gênero do parágrafo quinto da Declaração de San Pedro Sula, que faz referência à violência gerada pela discriminação nota: “A identidade de gênero de travestis, transgêneros e transexuais é parte fundamental de nossa liberdade individual e construção identitária”.

Por sua vez, a representante do governo de Estados Unidos recordou o compromisso do Presidente Barack Obama em apoiar leis para o desenvolvimento de políticas que reconheçam os direitos da população LGBT e destacou a adesão de seu país à declaração da ONU sobre orientação sexual e identidade de Gênero e manifestou seu repúdio às chamadas “leis de sodomía”.

Brasil recordou que estava patrocinando o projeto de resolução “Direitos Humanos, Orientação Sexual e Identidade de Gênero”, enquanto Colômbia ressaltou que para seu governo o tema é importante, pois em seu país o congresso instrumentou mecanismos para eliminar atos discriminatórios para grupos que integram a população da diversidade sexual.

Finalmente Saint Kitts & Nevis se opôs a toda classe de violência a qualquer classe de orientação da conduta humana.
A noite durante a quarta sessão plenária foi apresentado o Relatório Anual do Conselho Permanente à Assembléia Geral (2008-2009) que contém as resoluções adotadas pelo Conselho Permanente, entre as que se encontra a resolução AG/RÊS. 2504 (XXXIX-Ou/09) Direitos Humanos, Orientação Sexual e Identidade de Gênero, cujo texto, não só ratifica o avançado o ano passado com a resolução AG/RÊS. 2435 (XXXVIII-Ou/08) titulada “Direitos Humanos, orientação sexual e Identidade de Gênero”, senão que ademais faz referência à Declaração sobre Orientação Sexual e Identidade de Gênero apresentada à Assembléia Geral das Nações Unidas o 18 de dezembro de 2008 .

A nova resolução, apresentada por Brasil, destaca por condenar não só os atos de violência e violações de direitos humanos perpetrados contra indivíduos por causa de orientação sexual e identidade de gênero senão ademais manifesta sua preocupação pela violência enfrentada pelos defensores de direitos humanos que trabalham em temas relacionados com este tipo de violações, instando aos Estados a assegurar sua proteção e solicitando à Comissão Interamericana de Direitos humanos e ao Sistema Interamericano em geral o tomar ações neste tema. Reitera ademais à Comissão de Assuntos Jurídicos e Políticos (CAJP) que inclua o tema de orientação “sexual e identidade de Gênero” em sua agenda antes do seguinte período ordinário de sessões.

Como Coalizão, celebramos a aprovação desta segunda resolução que consideramos um dos resultados tangíveis e históricos do trabalho de incidência iniciado no final de 2006 por Global Rights, Mulabi - Espaço Latinoamericano de Sexualidades e Direitos e IGLHRC – Programa América Latina, através de impulsionar a criação desta coalizão para incidir na inclusão das categorias de orientação sexual e identidade e expressão de gênero no Anteprojeto de Convenção Interamericana Contra o Racismo e toda Outra Forma de Discriminação e Intolerância.

Agradecemos a UNDP, OEA, Astraea Lesbian Foundation for Justice, e a Global Rights o apoio para nossa participação nesta assembléia.

Participaram pela Coligação de Organizações LGBTTTI da América Latina e Caribe no marco da OEA:

AIREANA - Camila Zabala – Paraguay, Colectivo TTT San Pedro Sula- Claudia Sosa - Honduras, COLECTIVA MUJER y SALUD, Julie Betances - República Dominicana, CORPORACIÓN PROMOCIÓN DE LA MUJER, Soledad Varela - Ecuador, CORPORACION OPCION, Diana Navarro - Colombia, ENTRE-TRANSITOS - Camilo Andrés Rojas - Colombia, GRENCHAP - Kimany Parke - Grenada, HUMANA NACION TRANS-Hazel Gloria Davenport - México, IGLHRC - Marcelo Ferreyra – Argentina, INSTITUTO RUNA-Belissa Andia – Perú, ASOCIACIÓN LIDERES EN ACCION -Germán Rincón - Colombia, SURINAME MEN UNITED - Kenneth Van Endem - Suriname, MULABI, ESPACIO LATINOAMERICANO DE SEXUALIDADES Y DERECHOS- Marina Bernal- México- Colombia, ORGANIZACIÓN DE TRANSEXUALES POR LA DIGNIDAD DE LA DIVERSIDAD Andrés Rivera – Chile, REDE NACIONAL AFRO-LGBT - Edmilson Medeiros - BRASIL, J-FLAG - Maurice Tomilson – Jamaica, RED LACTRANS - Marcela Romero- Argentina, RED TRANS Nicaragua - Silvia Martínez – Nicaragua, SOCIETY AGAINST SEXUAL ORIENTATION DIDSCRIMINATION- Namela Baynes Henry - Guyana, UNIBAM - Devon Gabourel - Belize, VELVET UNDERGROUND Angela Francis - Trinidad y Tobago. Como Parceiro da Coalizão: Stefano Fabeni - Global Rights

quarta-feira, 10 de junho de 2009

jah era hora!

Informando...

Brasília, 08/06/2009
Ensino profissional pode chegar a travestis
Ministério do Trabalho propõe criar cursos de capacitação específicos para integrar travestis e transexuais ao mercado de trabalho formal

Crédito: ANTRA/ Divulgação
DAYANNE SOUSA
da PrimaPagina

Uma proposta de criação de um plano específico para qualificação profissional de travestis e transexuais foi apresentada na primeira semana de junho pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Cursos ensinariam ofícios à população de travestis como forma de oferecer chances de inserção no mercado de trabalho formal. A idéia foi anunciada durante o I Seminário de Políticas Públicas de Trabalho, Oportunidades e Previdência para Travestis e Transexuais, que reuniu em Brasília lideranças do movimento LGBT (que reúne lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) e membros do governo.

“A maioria dos travestis não consegue emprego formal por preconceitos por conta de sua apresentação física e vai para a prostituição”, diz Eduardo Santarelo, coordenador do programa Brasil Sem Homofobia, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. “A gente não quer que essa seja a única opção”, completa. Ele afirma que muitos travestis e transexuais sequer completaram o ciclo escolar básico, já que muitos se sentem estimulados a fugir da escola e ir para as ruas por conta do preconceito.

Os cursos oferecidos seriam parte de uma estratégia que o Ministério já adotou com outras populações vulneráveis, como negros e beneficiários do Bolsa Família. Os Planos Setoriais de Qualificação permitem que vários postos de atendimento local cadastrem desempregados e ofereçam a formação. Há parcerias com empresas de diferentes setores, de forma que os formados têm chances de já saírem empregados.

Neste caso, o Ministério propõe um Plano para toda a comunidade LGBT. Não há prazo para o início das atividades, mas Santarelo espera que até o fim do ano já o programa tenha início. Até o meio de julho, as entidades participantes do seminário em Brasília devem formalizar um relatório com sugestões, inclusive de que tipo de cursos podem ser oferecidos para atender melhor os travestis e transexuais.

Outras áreas

O seminário foi proposto pela ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e pela ANTRA (Articulação Nacional de Travestis e Transexuais). Além do Ministério do Trabalho e da Secretaria de Direitos Humanos, compareceram representantes do Ministério da Educação, da Previdência Social e do o Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde. Santarelo afirma que não há dados sobre a população de travestis no Brasil e que os órgãos do governo não conhecem seu tamanho ou suas demandas. “O objetivo é que essas entidades de mobilização nos ajudem a conhecer melhor”, afirma.

“Essa população vive a exclusão quase total de qualquer serviço público, de trabalho, de saúde, de segurança...”, argumenta Santarelo. “O preconceito afasta ela de qualquer tipo de benefício, ela vive a margem”.

Além da proposta de ensino profissional, o seminário discutiu previdência e educação. Santarelo explica que qualquer um pode ter acesso a previdência, desde que contribua. A proposta do seminário é que grupos do ANTRA, que são divididos por Estado, passem a conscientizar travestis e transexuais da possibilidade de contribuir. “A lei de previdência não discrimina, o profissional do sexo também pode contribuir como autônomo”, conclui Santarelo.

Para a educação, a idéia principal é evitar a exclusão por conta do preconceito. Uma das principais bandeiras da ANTRA é que, nos serviços públicos, haja espaço para que o travesti se identifique com dois nomes (o de batismo, masculino; e o escolhido por ele, feminino) e que seja tratado pelo nome que preferir.

domingo, 7 de junho de 2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pesquisa: Lésbicas são melhores mães

Não que achemos que as mulheres lésbicas devem reforçar a maternidade compulsória, mas existe quem queira filhos, e é bom saber, que pra essas pessoas, as vezes até o preconceito que sofrem,  vale alguma coisa. . .
Pesquisa: Lésbicas são melhores mães
Crianças criadas por lésbicas têm menos chances de sofrerem de depressão e anorexia
Por Redação
Publicado em 3/6/2009 às 17:15
Fotos
Crédito: Reprodução
As dificuldades vividas pelas lésbicas são positivas para os filhos

De acordo com estudo da Universidade de Copenhague, filhos de lésbicas têm menos possibilidades de desenvolver doenças psíquicas do que crianças que cresceram com pais heterossexuais.

A pesquisa concluiu que 5% das crianças de família heterossexual desenvolveram condições como depressão e anorexia entre 1992 e 2008, em oposição a 2% das crianças que foram criadas por duas mães.

Merete Lauberg, do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Copenhague, disse que uma razão para essa diferença seria que mães lésbicas encontram mais resistência em suas vidas do que pais homossexuais. “Resistência faz você mais forte, e isso pode ser passado para os filhos”, afirmou.

Outra razão é que as mães lésbicas se esforçam mais para terem filhos, segundo o psiquiatra Per Hove Thomsen: “Vários pais encontram dificuldades para gerar filhos, mas mães lésbicas encontram dificuldades particulares. As lésbicas tiveram que fazer esforços extras para ficarem grávidas e isso pode ter tido efeito nas crianças.”

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Transexualidade no Irã

Vídeo para reflexão:

Como pode um país que criminaliza a homossexualidade, fazer cirurgias de mudanças de sexo humanizadas?

Nesta vida!

Surreal a sensação de te observar
Entre vestidos e saias....
Minha mente viaja....
MúsicasImagens
Vejo os olhos e viajo....
Seu compasso me envolve...
Suas vontades de mulher menina me chamam pra bem perto de ti!
E naquela manhã no seu quarto prometi
não deixar ninguém mandar em nossas saias....
que estariamos nesse compasso de paixões e sentimentos...
Enfrentando o mundo, enfrentando nossos medos...
Tirando do armário todos aqueles receios
Todos os nossos vestidos e saias...


Mariana Costa!

Princípios de Yogyakarta

Em novembro de 2006, especialistas independentes da ONU, integrantes de comitês de direitos humanos, acadêmicas/os e defensoras/es de direitos humanos das pessoas GLBTT se reuniram em Yogyakarta, Indonésia para definir diretrizes sobre a Aplicação da Legislação Internacional de Direitos Humanos em relação à Orientação sexual e identidade de gênero. Desse encontro, saiu os Príncipios de Yogyakarta, documento que vem ajudado bastante a diminuir as violações de direitos das pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).

Confiram o vídeo do lançamento dos Principios no Brasil:

terça-feira, 2 de junho de 2009

+ um pouco sobre SENALE

E essa vai pra quem não se aguenta esperar até Dezembro para a próxima edição do SENALE...
Segue o vídeo da penultima edição... olha como essas militantes estavam diferentes a alguns poucos ainhos atrás....

Um filme sem sexo

Seria bom, mas como não é, a gente afirma!