DECLARAÇÃO DOS DIREITOS UNIVERSAIS DA MULHER Ilma Fontes [ in Saciedade dos Poetas Vivos/VIII & Blocos ]
Toda mulher tem o direito de pensar por si mesma sem precisar concordar com tudo que já foi dito. Toda mulher tem o direito de menstruar em paz sem precisar dar explicações a ninguém. Toda mulher tem o direito de ser alguém, com idéias próprias e ser dona do seu destino e do seu silêncio. Toda mulher tem o direito de dizer bobagens e cometer erros sucessivos até acertar, na poesia ou na vida. Toda mulher tem o direito a comer o pão que o diabo amassou desde que seja por amor. Toda mulher tem o direito de ser querida, ao menos uma vez na vida e de ouvir “eu te amo”, mesmo que seja mentira. Toda mulher tem o direito de tentar e realizar, querer e fazer, casar e descasar, experimentar e ousar. Toda mulher tem o direito de decidir se tem ou não um filho Principalmente antes de fazê-lo. Toda mulher tem o direito pleno e absoluto do seu corpo podendo inclusive envelhecer com ou sem cirurgia plástica. Toda mulher tem o direito aos seus cabelos brancos, mesmo que os pinte. Toda mulher tem direito a ter medo de cobra, aranha, barata, rato e fotógrafos. Toda mulher tem direito ao recato de não precisar expor seus segredos. Toda mulher tem direito a ter segredos. Toda mulher tem o direito de dizer Não, seja ao marido, à amiga ou ao patrão. Toda mulher tem direito a ter um caso de amor, seja lá com quem for. Toda mulher tem direito a gostar de seda e cetim, de vinho, whisky, vodka ou gim. Toda mulher tem direito a uns quilinhos a mais nos quadris. Toda mulher tem direito a “fechar” o trânsito, desde que seja funcionária do Detran. Toda mulher tem direito a gastar mais do que pode, uma vez por ano. Toda mulher tem direito a férias de si mesma, para o seu próprio bem e dos outros também. Toda mulher tem direito a uma cama macia, em boa companhia, seja de noite ou de dia. Toda mulher tem o direito de sonhar. Toda mulher tem o direito de ser única. Revogam-se as disposições em contrário.
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DECLARAÇÃO DOS DIREITOS UNIVERSAIS DA MULHER
Ilma Fontes
[ in Saciedade dos Poetas Vivos/VIII & Blocos ]
Toda mulher tem o direito de pensar por si mesma
sem precisar concordar com tudo que já foi dito.
Toda mulher tem o direito de menstruar em paz
sem precisar dar explicações a ninguém.
Toda mulher tem o direito de ser alguém, com idéias próprias
e ser dona do seu destino e do seu silêncio.
Toda mulher tem o direito de dizer bobagens e cometer erros
sucessivos até acertar, na poesia ou na vida.
Toda mulher tem o direito a comer o pão que o diabo amassou
desde que seja por amor.
Toda mulher tem o direito de ser querida, ao menos uma vez na vida
e de ouvir “eu te amo”, mesmo que seja mentira.
Toda mulher tem o direito de tentar e realizar, querer e fazer,
casar e descasar, experimentar e ousar.
Toda mulher tem o direito de decidir se tem ou não um filho
Principalmente antes de fazê-lo.
Toda mulher tem o direito pleno e absoluto do seu corpo
podendo inclusive envelhecer com ou sem cirurgia plástica.
Toda mulher tem o direito aos seus cabelos brancos,
mesmo que os pinte.
Toda mulher tem direito a ter medo de cobra, aranha,
barata, rato e fotógrafos.
Toda mulher tem direito ao recato de não precisar
expor seus segredos.
Toda mulher tem direito a ter segredos.
Toda mulher tem o direito de dizer Não, seja ao marido,
à amiga ou ao patrão.
Toda mulher tem direito a ter um caso de amor,
seja lá com quem for.
Toda mulher tem direito a gostar de seda e cetim,
de vinho, whisky, vodka ou gim.
Toda mulher tem direito a uns quilinhos a mais nos quadris.
Toda mulher tem direito a “fechar” o trânsito,
desde que seja funcionária do Detran.
Toda mulher tem direito a gastar mais do que pode, uma vez por ano.
Toda mulher tem direito a férias de si mesma, para o seu próprio bem
e dos outros também.
Toda mulher tem direito a uma cama macia, em boa companhia,
seja de noite ou de dia.
Toda mulher tem o direito de sonhar.
Toda mulher tem o direito de ser única.
Revogam-se as disposições em contrário.
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