"Quero fazer da minha existencia lesbica feminista a produção crítica de mim mesma e do mundo!"

(frase criada por várias lésbicas feminista do Brasil- Marylucia Mesquita, Luanna Marley, Kaká Kolinsk...)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Polícias e Guardas fazem ato contra Homofobia ( no Rio)

Policiais fazem ato contra a violência homofóbica no centro do Rio


Enquanto o Rio de Janeiro sedia o 2º Seminário Nacional de Segurança Pública para LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), um ato contra a homofobia ocorreu hoje (10) na Candelária, no centro da cidade. O ato reuniu guardas municipais, policiais civis e militares que lembraram os LGBTs assassinados no Brasil. Durante a manifestação, flores foram distribuídas às pessoas que passavam pelo local, além de bolas brancas simbolizando os homossexuais assassinados.

De acordo com o presidente da organização não governamental Grupo Arco-Iris, Júlio Moreira, não se pode discutir segurança pública para o público LGBT sem assegurar a inclusão social para os homossexuais.

“Não podemos discutir a questão da segurança pública [para os homossexuais] se não houver políticas públicas de inclusão social. Em muitas vezes a vítima sofre violência homofóbica justamente pelas vulnerabilidades sociais em que elas convivem. Um exemplo são os travestis e os transsexuais, pois se expõem ao assumirem uma identidade de gênero feminino. Com isso, eles têm dificuldade ao acesso básico à saúde, educação e ao trabalho. Então temos que trabalhar neste âmbito também para melhorar o quadro de discriminação no país”, afirmou.

Segundo o superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, Cláudio Nascimento, mesmo com a tradição das polícias serem machistas, nos últimos anos os policiais estão mudando a perspectiva ao lidar com a temática LGBT.

“A tradição das policias, por conta da ditadura militar, é uma tradição ainda machista, muito conservadora. Mas, na última década, estamos percebendo uma mudança grande nas perspectivas dos policiais, na maneira de lidar com esta temática [LGBT]. Isso mostra que as políticas de segurança pública para LGBT avançam e agora precisamos aumentar ainda mais o diálogo entre a comunidade homossexual e os vários segmentos operadores de segurança pública”, disse.

O seminário, que ocorre no Hotel Guanabara, no centro da cidade, termina amanhã (10). Segundo Nascimento, os participantes do seminário estão elaborando um plano de ação nacional na área de segurança pública para combater a discriminação. Eles esperam também definir um conjunto de diretrizes para elaborar 27 planos estaduais, direcionados às forças policiais em cada estado da Federação.

Da Agência Brasil

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