"Quero fazer da minha existencia lesbica feminista a produção crítica de mim mesma e do mundo!"

(frase criada por várias lésbicas feminista do Brasil- Marylucia Mesquita, Luanna Marley, Kaká Kolinsk...)

domingo, 26 de abril de 2009

Diga não à Lesbofobia

"Diga não a lesbofobia!"
Grita o grupo LAMCE
Com a garra e vigor
Pra Fortaleza, pro Ceará para todo mundo!
Desse jeito as mulheres do grupo enfrentam todo dia
A viōlencia que é imposta:
Repressćo, patriarcado, sexismo, machismo...
Simples nomes que causam tanto impacto em nossas vidas!
Mas para ser maior
que tudo isso é que vem a nossa luta.
Contra o preconceito que tenta nos impedir
de amar e curtir outra mulher!
Cinco anos faz o LAMCE
no dia 24
do mês de Abril
deste ano que vos fala:2009
Algumas seguiram outro rumo
E outras mais chegando no grupo.
Laços de amizade, ajuda e
companherismo.
Lutamos juntas.
Nos unimos.
Assim o LAMCE vai querendo um mundo mais justo
para todas as mulheres que amam outras mulheres
estarem satisfeitas,
sabendo seus direitos
e que não precisem ter medo ou pavor de amarem e serem amadas
por quem quer que seja,
em qualquer praça,
em qualquer rua,
cidade,
estado ou nação,
em qualquer parte do universo!


ps: e nesse dia com toda minha voz grito parabéns a todas, e
convido outras a lutarem também e fazer parte do LAMCE!

Mariana Costa!
LAMCE

sexta-feira, 24 de abril de 2009

LAMCE: 5 anos de luta lésbico-feminista!




Em 2004, após a realização do IV Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), que ocorreu na cidade de Fortaleza-Ceará, um grupo de mulheres lésbicas e bissexuais da capital passou a se reunir constantemente para trocas de experiências sobre a Lesbianidade. O primeiro objetivo deste grupo era dar visibilidade às mulheres lésbicas e bissexuais de Fortaleza, durante a IV Parada pela Diversidade Sexual do Ceará que ocorreria em junho.

Assim, no 24 de abril do corrente, foi realizada e fundado o Grupo Lésbicas de Atitude no Ceará (LANCE). Porém este nome , ainda causava um desconforto para algumas integrantes do grupo, na época, pois consideravam o nome “lésbicas” muito “forte”. Mesmo assim, o LANCE saiu para as ruas durante a Parada com o 1º Trio elétrico de lésbicas chamado “Trio Parada na D´ellas”, isto foi um marco na história do movimento de lésbicas no Ceará, já que a voz, a visibilidade e a atitude tinha um nome ...LANCE.

Em meados de agosto, o grupo mudou o significado do nome, que antes era “LANCE” com “N” e passando a se chamar “LAMCE” com “M”, modificando também o significado que passou a ser Liberdade do Amor entre Mulheres no Ceará.

Se consolidando como o primeiro grupo de lésbicas e mulheres bissexuais do Ceará, ao perceber que a questão deste segmento era para além da visibilidade, já que o machismo, sexismo, o racismo e a heterossexualidade obrigatória, são fatores mantedores do sistema patriarcal e que prolifera a discriminação e a violências contra as mulheres lésbicas e bissexuais, o LAMCE passou a incidir politicamente no Estado e nos espaços de controle social, realizando o 1º Encontro da Visibilidade Lésbica no Ceará, voltado para/de/com as lésbicas e bissexuais.

Hoje o grupo LAMCE- Liberdade do Amor entre Mulheres no Ceará, completa 5 anos de existência, atuando em âmbito local, nacional e internacional, lutando pelos direitos humanos das mulheres lésbicas e bissexuais, contra as discriminação e violências à população LGBTT, através do projeto político FEMINISTA, pensando e agindo radicalmente contra este sistema opressor e patriarcal.

Hoje, após 5 anos queremos:
O fim do racismo
O fim da violência contra as mulheres
O fim da homofobia, lesbofobia e transfobia
O fim do capitalismo
O fim do fundamentalismo religioso
A descriminalização e legalização do ABORTO

Queremos um mundo melhor, sustentável e possível para que todas e todos possam de fato viver com liberdade e AUTONOMIA!

Lésbicas feministas pelo fim da ditadura heterossexista!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

+ Sobre a atuação da Frente Nacional pela Legalização do Aborto

Isso que é AÇÃO POLÍTICA


Ache outros vídeos como este em MÍDIA LIVRE FEMINISTA



Frente pelo fim da Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto

Esta frente é resultado do esforço de organizações e indivíduos que se indignam quando vêem uma mulher, muitas vezes uma garota que teria toda a vida pela frente, morrendo por não ter tido sua escolha de não ser mãe respeitada e praticar aborto nas mais grotescas condições de higiene. Fruto da intolerância e fundamentalismo, a criminalização do aborto não impede que ele seja realizado, só arremessa as mulheres que optam por fazê-lo na mais absoluta clandestinidade. Se você também acha que a criminalização destas mulheres é absurda, junte-se a nós. Some conosco nesta frente. Assine e divulgue o manifesto. Somando esforços faremos com que ser mãe seja um direito, e não uma obrigação, de todas as mulheres.
Frente pelo fim da criminalização e pela legalização do aborto!

Frente Nacional contra a criminalização das mulheres e pela legalização do aborto

Dessa Frente, o LAMCE faz parte. e você?



Manifesto contra a criminalização das mulheres que praticam aborto


Manifesto contra a criminalização das mulheres que praticam aborto Em defesa dos direitos das mulheres Centenas de mulheres no Brasil estão sendo perseguidas, humilhadas e condenadas por recorrerem à prática do aborto. Isso ocorre porque ainda temos uma legislação do século passado – 1940 –, que criminaliza a mulher e quem a ajudar. A criminalização do aborto condena as mulheres a um caminho de clandestinidade, ao qual se associam graves perigos para as suas vidas, saúde física e psíquica, e não contribui para reduzir este grave problema de saúde pública. As mulheres pobres, negras e jovens, do campo e da periferia das cidades, são as que mais sofrem com a criminalização. São estas que recorrem a clínicas clandestinas e a outros meios precários e inseguros, uma vez que não podem pagar pelo serviço clandestino na rede privada, que cobra altíssimos preços, nem podem viajar a países onde o aborto é legalizado, opções seguras para as mulheres ricas. A estratégia dos setores ultraconservadores, religiosos, intensificada desde o final da década de 1990, tem sido o “estouro” de clínicas clandestinas que fazem aborto. Os objetivos destes setores conservadores são punir as mulheres e levá-las à prisão. Em diferentes Estados, os Ministérios Públicos, ao invés de garantirem a proteção das cidadãs, têm investido esforços na perseguição e investigação de mulheres que recorreram à prática do aborto. Fichas e prontuários médicos de clínicas privadas que fazem procedimento de aborto foram recolhidos, numa evidente disposição de aterrorizar e criminalizar as mulheres. No caso do Mato Grosso do Sul, foram quase 10 mil mulheres ameaçadas de indiciamento; algumas já foram processadas e punidas com a obrigação de fazer trabalhos em creches, cuidando de bebês, num flagrante ato de violência psicológica contra estas mulheres. A estas ações efetuadas pelo Judiciário somam-se os maus tratos e humilhação que as mulheres sofrem em hospitais quando, em processo de abortamento, procuram atendimento. Neste mesmo contexto, o Congresso Nacional aproveita para arrancar manchetes de jornais com projetos de lei que criminalizam cada vez mais as mulheres. Deputados elaboram Projetos de Lei como o “bolsa estupro”, que propõe uma bolsa mensal de um salário mínimo à mulher para manter a gestação decorrente de um estupro. A exemplo deste PL, existem muitos outros similares. A criminalização das mulheres e de todas as lutas libertárias é mais uma expressão do contexto reacionário, criado e sustentado pelo patriarcado capitalista globalizado em associação com setores religiosos fundamentalistas. Querem retirar direitos conquistados e manter o controle sobre as pessoas, especialmente sobre os corpos e a sexualidade das mulheres. Ao contrário da prisão e condenação das mulheres, o que necessitamos e queremos é uma política integral de saúde sexual e reprodutiva que contemple todas as condições para uma prática sexual segura. A maternidade deve ser uma decisão livre e desejada e não uma obrigação das mulheres. Deve ser compreendida como função social e, portanto, o Estado deve prover todas as condições para que as mulheres decidam soberanamente se querem ou não ser mães, e quando querem. Para aquelas que desejam ser mães devem ser asseguradas condições econômicas e sociais, através de políticas públicas universais que garantam assistência a gestação, parto e puerpério, assim como os cuidados necessários ao desenvolvimento pleno de uma criança: creche, escola, lazer, saúde. As mulheres que desejam evitar gravidez devem ter garantido o planejamento reprodutivo e as que necessitam interromper uma gravidez indesejada deve ser assegurado o atendimento ao aborto legal e seguro no sistema público de saúde. Neste contexto, não podemos nos calar! Nós, sujeitos políticos, movimentos sociais, organizações políticas, lutadores e lutadoras sociais e pelos diretos humanos, reafirmamos nosso compromisso com a construção de um mundo justo, fraterno e solidário, nos rebelamos contra a criminalização das mulheres que fazem aborto, nos reunimos nesta Frente para lutar pela dignidade e cidadania de todas as mulheres. Nenhuma mulher deve ser impedida de ser mãe. E nenhuma mulher pode ser obrigada a ser mãe. Por uma política que reconheça a autonomia das mulheres e suas decisões sobre seu corpo e sexualidade. Pela defesa da democracia e do principio constitucional do Estado laico, que deve atender a todas e todos, sem se pautar por influências religiosas e com base nos critérios da universalidade do atendimento da saúde! Por uma política que favoreça a mulheres e homens um comportamento preventivo, que promova de forma universal o acesso a todos os meios de proteção à saúde, de concepção e anticoncepção, sem coerção e com respeito. Nenhuma mulher deve ser presa, maltratada ou humilhada por ter feito aborto! Dignidade, autonomia, cidadania para as mulheres! Pela não criminalização das mulheres e pela legalização do aborto! Frente nacional pelo fim da criminalização das mulheres e pela legalização do aborto
Para assinar este manifesto clique no link:
http://www.petitiononline.com/abortole/petition.html

quantas vidas são necessárias para mudar o sistema?

É por essas e outras, que a gente luta...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

LESBECUSE - Um cordel de Salete Maria



Let me see se apre(e)ndi
A língua da mulher gay
Deixe-me ver se (ab)sorvi
O tal do verbo to say:
Seio you, seio me, seio we
Lesbecause let me see
Em junho tem happy day

Por causa das lesbianas
Agora sou poliglota
Lésbicas ou pubianas
Já não as acho idiotas
Os lábios roçam as bocas
As bocas parecem loucas
Sedentas, mudam de rotas

Por causa das lesbianas
Surge a visibilidade
Algumas moças insanas
Se exibem com vaidade
Fazem manifestação
Mostram peito e coração
Se alastram pela cidade

Por causa das lesbianas
As feministas ampliam
A pauta das veteranas
Sussurram, berram e miam
Dizem “mulher com mulher”
E já não dá jacaré
Como muitos presumiam

Por causa das lesbianas
As línguas se entrelaçam
As bocas se chamam xanas
As xanas se chamam rachas
As rachas se chamam girls
Garotas chupam freegels
Free girls chupam muchachas

Por causa das lesbianas
Na ponta da lingua vem
Umas palavras sacanas
E um jeito de querer bem
Um dedo de prosa boa
Uma mão boba, à toa
Que move como ninguém

Por causa das lesbianas
É feita a tal discussão
Se Marias vão com Anãs
Por que chamar sapatão?
Preconceito dê no pé!!
O chato é ter chulé
Amor não faz calo, não

Por causa das lesbianas
A luta por igualdade
Impõe teses mais humanas
Requer a diversidade
Só a sociedade viva
Não hetero-normativa
Permite a felicidade

Por causa das lesbianas
Fala-se de peito aberto
Bonecas de porcelana
Não se pode ver de perto
Quanta historia mal contada
Quanta mulher mal amada
Por causa “do jeito certo”

Por causa das lesbianas
La vulva! Esquerda! Volver!
Enganam-nos qual iguanas
Estranha e dócil: por quê?
“Tímida e espalhafatosa”
Exposta e misteriosaN
a seca aprende a chover

Por causa das lesbianas
Minh’arte usa outro tom
Qual as culturas ciganas
Que exibem múltiplo som
Profanamente sagradas
Linguagens são agregadas
Colando lábio e batom

Por causa das lesbianas
Nem só a cultura é oral
Abaixo as falas tiranas
“Pedra é pedra, pau é pau”
Não “é o fim do caminho”
Lesco-lesco e roçadinho
Sugerem outro final

Por causa das lesbianas
As “águas de março” vêm
Lavadas pelas baianas
Do jeito que só faz bem
No oito do mês de festa
Abra-se mais que uma fresta
Pra Ela falar também

Por causa das lesbianas
Escrevo mais um cordel
Dedicado às Fulanas
Com registro em papel
Exorto-as a amar
Bem como a comemorar
A vida embaixo do Céu

Em face da Lesbecause
Falo em direitos iguais
Não só pra mexer no mouse
(Mas pra fazer muito mais)
É que se fez nossa mão
Nossa boca e coração
Nossa língua e nossos ais

Em nome da causa delas
Façamos uma Parada
Pra expor nas janelas
Em letras arroxeadas:
Nenhum direito a mais!
A menos também jamais!
Esta é a grande sacada!

Ual ela se garante demais, fala sério....
Salete Maria é daqui do Ceará. Ela é de Juazeiro, terrra do padrinho ciço. advogada e pofessora da URCA.
Quem quiser saber mais, ou ler coisas espetacularmente maravilhosas que ela escreve:
http://cordelirando.blogspot.com/

quarta-feira, 1 de abril de 2009

LESBIANIDADE - Texto para fábrica de imagens


Nossa sociedade tem como base a heterossexualidade obrigatória. O que significa isso? Significa que desde que nascemos somos criados para o sexo oposto. A menina é ensinada a ser atraente, cozinhar e ser boa mãe e esposa. O menino é ensinado a ser forte e corajoso para sempre proteger e prover sua esposa e filhos. Tudo parece muito lindo e romântico, como um bom filme de Hollywood, e é desta forma que a sociedade segue. Mas, é justamente por causa dessa norma social que nos é passada pelos nossos pais e que nós, sem nos questionar, passamos para os nossos filhos, que está à causa da maioria dos problemas da nossa sociedade atual. Além de legitimar a maior parte das desigualdades sociais entre os sexos, tais como a diferença de salários entre homens e mulheres, a menor participação política feminina, a violência tão grande e comum que é praticada contra as mulheres, essa norma social ainda exclui a possibilidade de haver relacionamentos afetivos e sexuais entre as pessoas do mesmo sexo, invisibilizando as relações lésbicas, por exemplo.Segundo a Fundação Perceu Abramo em recente pesquisa, 92% dos Brasileiros são de alguma forma preconceituosos com as mulheres lésbicas. O problema disso é que o preconceito facilmente se transforma em descriminação fazendo com que além de violência psicológica na família, nas escolas e no trabalho, as mulheres lésbicas muitas vezes sofram violência física e até mesmo assassinatos, como mostra uma pesquisa realizada pelo GRAB (Grupo de Resistência Asa Branca) que dentre os assassinatos ocorridos no Ceará, nos últimos anos, contra pessoas homossexuais, há maior incidência de violência contra as mulheres lésbicas do que contra as travestis, população historicamente discriminada e que sofre a maior parte da violência homofóbica em todo o mundo.Além disso, há a invisibilidade nas políticas públicas, fazendo com que, dezenas de direitos comuns a pessoas heterossexuais sejam negados as pessoas homossexuais ou que não existam métodos eficazes de prevenção de DST entre as mulheres que fazem sexo com mulheres.Devemos todas e todas juntos lutarmos contra todas as formas de preconceitos, sejam elas por gênero, raça ou orientação sexual e unirmos grande força para juntos acabarmos com toda norma social que aprisiona e nos limita para construirmos um mundo mais igualitário e justo para todas as pessoas.


Alessandra Guerra

LAMCE

Coordenadora colegiada

(Texto para fábrica de imagens)